01/09/2012

Métodos Contraceptivos

                   
A mulher contemporânea não se permite interromper suas atividades por causa de uma gravidez indesejada e muito menos por uma doença sexualmente transmissível (DST – doença sexualmente transmissível).

Na atualidade a atividade sexual não é só um prazer para o sexo masculino. Hoje as mulheres também buscam satisfação e contam com a opção em querer ou não engravidar, ser contaminada ou não. No passado as mulheres não contavam com métodos contraceptivos, casos raros e escondidos aconteciam de forma doméstica e caseira. Isso quando não optavam belo aborto. Por ser uma sociedade machista, na qual as mulheres eram vista apenas como escravas do lar e sexuais.

Tendo como base o foco biológico, a atividade sexual tem como função procriar e dessa forma garantir a permanência das espécies. Porém, nós seres humanos sabemos que a prática sexual envolve uma série de fatores como: emoção, prazer e antes de qualquer coisa RESPONSABILIDADE.

De um lado, 400 milhões de representantes do sexo masculino. De outro, uma única representante da ala feminina. O batalhão dos machos pode ficar até três dias à espera dela que, por sua vez, só dá o ar de sua graça durante 18 horas no máximo. Se os dois lados não se entendem durante esse breve período, o negócio desfeito fica para uma próxima ocasião. No entanto, se apesar das dificuldades eles conseguem se encontrar, então o resultado aparece em aproximadamente nove meses. Pois quando espermatozóide e óvulo se unem, nada os separa. Juntos vão formar o embrião de um novo ser humano até o fim. Portanto, para quem não deseja ser pai ou ser mãe, a melhor saída é impedir essa união. Eis a meta dos anticoncepcionais.”


No Brasil, a prevalência de uso dos métodos contraceptivos é alta, porém concentrada na esterilização tubária (Laqueadura) e na pílula anticoncepcional, utilizadas por 40% e 21% das mulheres, respectivamente.

No post de hoje serão explorados os métodos contraceptivos cada um e detalhadamente.

Há uma variedade de métodos contraceptivos, e cada um deles são aprimorados objetivando a sua eficácia. Vale lembrar que alguns deles são indicados pelo médico. A indicação do médico é feita com base na idade, freqüência da atividade sexual, taxas hormonais. Lembrando que a indicação para um paciente é diferente do outro.

Os métodos contraceptivos são classificados em: reversíveis e irreversíveis:








Métodos Reversíveis -  Naturais

TABELINHA

Um método baseado em cálculos que é bastante utilizado para engravidar.
A mulher é fértil no meio do seu ciclo menstrual. No ciclo comum que são de 28 à 30 dias o pico de fertilidade varia entre 12º 13 º 14º e 15º dia, a contar do primeiro dia da menstruação.
Vamos entender:


      Marque o primeiro dia da menstruação;
      Se mudar o dia, exemplo dia 18 e as 00h00min já use camisinha;
      Tabelinha deve ser utilizada para engravidar, não é um método 100% seguro.
      Para se fazer estes cálculos acerca do período fértil é necessário “estudar” o ciclo sexual por ao menos durante 2 anos





TEMPERATURA

Baseia-se na observação das  alterações fisiológicas da temperatura corporal ao longo do ciclo menstrual.
Após a ovulação, a temperatura basal aumenta entre 0,3 e 0,8o C (devido a ação da progesterona). A mulher deve medir a temperatura oral, durante 5 minutos, pela manhã (após repouso de no mínimo 5 horas) antes de comer ou fazer qualquer esforço, e anotar os resultados durante dois ou mais ciclos menstruais. Esse procedimento deve ser realizado desde o primeiro dia da menstruação até o dia em que a temperatura se elevar por 3 dias consecutivos.

Após estabelecer a variação normal, e o momento do aumento, poderá evitar relações sexuais no período fértil.

Em caso de gripe ou outra qualquer doença que provoque estados febris, este método torna-se completamente inútil!

Esse método, tanto quanto a tabelinha não são recomendados para quem realmente deseja evitar a gravidez




MUCO CERVICAL

É a observação do muco segregado pelo colo do útero (substância gelatinosa) e que sai pelo canal vaginal. Este muda de aspecto durante o ciclo sexual feminino

A observação da ausência ou presença do fluxo mucoso deve ser diária. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado "ápice", em que fica bem grudento.

Para avaliar, colocar-se o muco entre o dedo indicador e o polegar ( pinça), tentando-se separar os dedos. Para isso deve-se interromper a atividade sexual nesta fase, permanecendo em abstinência por no mínimo 4 dias a partir do pico de produção, período em que se inicia o período infértil novamente.


O método requer muita observação e responsabilidade por parte da mulher durante vários meses, até conhecer bem o seu ciclo e o muco. Porém, qualquer alteração ocasionada por doença, ou quando a mulher tem pouco ou muito muco, o método se torna pouco confiável.
               




Métodos Reversíveis – NÃO NATURAIS

Preservativos: Femininos e Masculinos
Um envoltório de látex ou poliuretano que recobre o pênis e a cavidade vaginal, servindo de barreira, popularmente conhecido como camisinha. É um método contraceptivo reversível não natural, único método contraceptivo que pode proteger tanto contra a gravidez quanto das doenças sexualmente transmissíveis.



FEMININO

É um tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta, acoplado a dois anéis flexíveis também de poliuretano. Têm anéis flexíveis em ambas as pontas,     um anel na extremidade fechada ajuda na colocação do preservativo, o anel na extremidade aberta retém parte do preservativo fora da vagina.


Foi inventada pelo médico Lasse Hessel, no final dos anos 80.

“Nenhum problema de ordem médica impede o uso deste método”.



APRENDA COMO USAR:





MASCULINO
Em 1300 a.c. os egípcios utilizavam envoltório sob o pênis feito de linho , pele e materiais vegetais. No séc.II os romanos pensavam que as DSTs eram um castigo de Vênus (deusa do amor) e foi dado o nome às DSTs como “doenças venéreas. E em 1564 - um anatomista Italiano inventou o saco de linho, bastante usada devido à proteção às doenças e a gravidez.  1960 - deixou de ser utilizada pela invenção a pílula anticoncepcional, porém devido a grande epidemia de AIDS voltou a ser utilizada. 

COMO USAR:







DIU - Dispositivo Intra Uterino.
Há vários tipos, porém o mais comum é feito de um tipo de plástico recoberto com cobre. 


O DIU é colocado dentro do útero, por isso, é um procedimento que deve ser feito com o médico.  Pode permanecer por alguns anos no interior do útero sendo monitorado pelo médico. Sua eficácia se assemelha à pílula anticoncepcional quando bem posicionado. Sua ação é espermaticida, ou seja, mata os espermatozóides antes que eles possam alcançar o óvulo.



DIAFRAGMA
Anel flexível, coberto por uma membrana de borracha fina, o diafragma é um dispositivo em forma de cúpula, feito de látex ou silicone. Sua borda flexível permite a introdução no interior da vagina até ficar encaixado no colo do útero. Como uma barreira, ele impede a entrada dos espermatozoides  devendo ser utilizado junto com um espermicida, no máximo 6 horas antes da relação sexual.



A adesão da paciente depende da utilização correta do dispositivo. A higienização e o armazenamento corretos do diafragma são fatores importantes na prevenção de infecções genitais e no prolongamento da vida útil do dispositivo.
Há vários tamanhos e para saber o mais adequado, a mulher deve fazer uma medição com um profissional de saúde capacitado. Deve ser usado com espermicida. Recomenda-se introduzir na vagina de 15 a 30 minutos antes da relação sexual e só retirar 6 a 8 horas após a última relação sexual de penetração.





Métodos Reversíveis -  Não Naturais -Químicos



Anticoncepcional

A pílula anticoncepcional é considerada um dos melhores métodos de prevenção de uma gravidez indesejada, sua ação impede por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Também modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais, modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular.
A margem de segurança da pílula é de 99%, o que a torna o método anticoncepcional mais seguro de todos.
Entretanto sua eficácia está relacionada ao modo pelo qual se é utilizada, não deixando de tomar nenhum dia durante o uso.


Pílula do dia Seguinte


Também conhecida por pílula pós-coital e contracepção de emergência. São compostos hormonais concentrados utilizados por curto período de tempo, atuando na suspensão da ovulação e migração do esperma, nos dias seguintes à relação sexual, tendo indicação restrita a situações especiais (camisinha se rompe ou violência sexual).
Esse método de contracepção pós-coito começou a ser estudado nas décadas de 1960 e 1970 pelo médico canadense Albert Yuzpe, como resposta médica às conseqüências de um caso de violência sexual. Sua eficácia é conhecida há mais de 30 anos.
A eficácia do tipo de pílula mais utilizado pode chegar a 95% quando iniciada nas primeiras 24 horas, de 85% entre 25 e 48 horas e de 58% entre 49 e 72 horas.
Por não se tratar de um método de barreira, assim como os demais métodos hormonais, não previne contra DST/AIDS.

Interessante visitar esse site:




Anel Vaginal
Contem os mesmos hormônios presentes no anticoncepcional. Colocado no 5º dia da menstruação  e retirado três semanas depois.









Curiosidades:


Beijos!!
Dúvidas? alinepolti@gmail.com


Texto Baseado nas literaturas:
      BRASIL. Ministério da Saúde. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2005b.
      BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência em planejamento familiar:manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde 2002, 150 p. (Normas e manuais técnicos, n.40, série A).
      BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos sexuais e direitos reprodutivos: uma prioridade do governo. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 24p.
      COSTA, N. F. P. et al. Acesso à anticoncepção de emergência: velhas barreiras e novas questões. Rev. Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 55-60, 2008.
      BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 82p.